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Operação de buscas por fugitivos de Mossoró custou R$6 milhões; PF teve maior despesa

A operação de busca pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, custaram ao menos R$6 milhões. Segundo dados do Ministério da Justiça, os valores incluem despesas com passagens, diárias, combustíveis, manutenção e operações aéreas. A caçada começou no dia 14 de fevereiro e terminou ontem, com a prisão da dupla. Em média, o custo foi de R$121 mil por dia.

De acordo com o Ministério da Justiça, a Polícia Rodoviária Federal foi a maior fonte de gastos da operação. Confira:

Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 36, ambos do Acre, foram encontrados na cidade de Marabá (PA), que fica a 1.600 quilômetros de Mossoró (RN).

A dupla foi presa com mais quatro pessoas, em um comboio com três carros, em uma ponte na cidade paraense.

As investigações da Polícia Federal (PF), apontam que os dois receberam ajuda de uma rede de apoio mobilizada pelo Comando Vermelho, facção criminosa da qual eles eram integrantes no Acre. Os dois atravessaram três Estados – Ceará, Piauí e Maranhão – para chegar ao Pará.

A fuga ocorreu no dia 14 de fevereiro, e foi a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal brasileiro.

A operação de busca contou com um amplo apoio das forças de segurança. Além de centenas de policiais, o aparato utilizado nas buscas incluía drones, helicópteros, reforço de policiamento nas
fronteiras do estado e acionamento da Interpol (Polícia Internacional).

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski afirmou que a recaptura só foi possível devido a uma mudança de estratégia na operação. Após descobrirem que os fugitivos não
estavam mais em Mossoró, as buscas no local foram reduzidas e as forças de segurança reforçaram os trabalhos de inteligência e investigação, até que descobriram a movimentação dos fugitivos em
uma rodovia do Pará.

— Essa mudança de estratégia foi bem sucedida, porque a partir do momento que a PF soube que os dois fugitivos não estavam mais no local, eles o monitoram permanentemente até que pudessem ser
localizados neste local — disse em entrevista coletiva nesta quinta.

Segundo Lewandowski, antes da recaptura desta quinta-feira, houve uma primeira tentativa falha de abordagem no Pará.

As investigações apontam que os dois estavam fugindo em direção ao exterior.

Um fuzil, dois carregadores, oito celulares e dinheiro foram apreeendidos na abordagem do comboio. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o grupo até chegou a esboçar uma reação, no
entanto, não houve nenhum confronto ou disparo.

— Houve inicialmente uma reação com fuzil, ostensivamente apontado aos nossos policiais. Mas frente à ação das nossas equipes, e lá estava um grupo tático preparado para essas circunstancias,
não teve nenhuma reação — detalhou o diretor-geral da Polícia Federal na coletiva desta quinta.

Investigação da Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) apontou ue houve falhas nos procedimentos de segurança que levaram à fuga dos dois detentos do presídio federal de Mossoró. O órgão, vinculado ao Ministério da Justiça, no entanto, concluiu que não identificou indícios de corrupção por parte de algum funcionário.

Entre as falhas apontadas pela corregedoria, estão a falta de revistas diárias no local onde os dois presos estavam encarcerados. Esse procedimento poderia ter detectado, por exemplo, que os presos
estavam fazendo escavações nas celas. Eles acharam vergalhões na estrutura das paredes e, com esse objeto, abriram uma passagem por meio da luminária.

O ministro da Justiça explicou que os fugitivos irão retornar a Penitenciária Federal de Mossoró, que teve a direção trocada e passou por uma reformulação de protocolos e por uma melhoria na
infraestrutura.

— Podemos garantir que o sistema penitenciário federal não é mais o mesmo depois do evento que ocorreu em Mossoró. Fizemos revistas e fiscalizações em todas as unidades. Mais dez mil câmeras
foram adquiridas, sendo parte delas instaladas. Os procedimentos foram reforçados, com revistas diárias, e os problemas estruturais foram consertados — disse André Garcia, secretário nacional de
Políticas Penitenciárias.

Após a recaptura, a Polícia Federal concentrará seus esforços na investigação sobre um apoio da facção criminosa do qual a dupla fugitiva faz parte.

O comboio de três veículos com quatro pessoas que os acompanhavam e o repasse de R$ 5 mil de um morador do Complexo do Alemão, região da Zona Norte do Rio dominada pelo Comando Vermelho, são as principais provas de que Rogério Mendonça e Deibson Nascimento tiveram auxílio para se manter foragidos depois da fuga da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).

— Eles foram presos a cerca de 1,6 mil quilômetros do local da fuga, o que demonstra que obviamente foram ajudados por criminosos externos. Tiveram auxílio de seus comparsas das organizações
criminosas — afirmou nesta quinta-feira o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ao dar mais detalhes sobre a captura.

No total, 14 pessoas foram presas pela operação de recaptura dos fugitivos.

Fonte: O Globo

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