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Conflitos globais crescem 65% nos últimos três anos e impactam economia e segurança alimentar, aponta relatório

O número de zonas de conflito no mundo aumentou 65% nos últimos três anos, segundo o Índice de Intensidade de Conflito (CII), publicado pela consultoria de risco Verisk Maplecroft. O relatório revela que 4,6% da massa terrestre mundial está atualmente envolvida em conflitos, o equivalente a cerca de 6,15 milhões de km², quase o dobro do território da Índia.

As regiões mais afetadas incluem a Ucrânia, Mianmar, o Oriente Médio e o “corredor de conflito” que abrange o Sahel e o Chifre da África, onde a violência duplicou nos últimos três anos. O estudo ainda aponta que 86% de Burkina Faso está agora sob conflito, enquanto países como Sudão e Etiópia enfrentam surtos de violência em grande escala.

Hugo Brennan, diretor de pesquisa da Verisk Maplecroft, destacou que esses conflitos recentes tiveram impactos de longo alcance nos negócios, no crescimento econômico e na segurança alimentar, com as cadeias de suprimentos perturbadas pela guerra na Ucrânia.

— Os riscos de conflito estão crescendo, eles têm aumentado nos últimos anos e as empresas globais precisam pensar sobre isso. Você pode olhar para a mídia internacional e pensar: ‘Eu não tenho uma fábrica no Sudão, isso não me afeta’. Mas por causa dos impactos na cadeia de suprimentos, um conflito em um lugar distante pode impactar você”, disse Brennan, em entrevista ao jornal inglês The Guardian.

A invasão da Ucrânia pela Rússia é um dos eventos destacados no relatório por seus impactos econômicos globais. A guerra comprometeu exportações de grãos, essenciais para o Oriente Médio e a África, e elevou os riscos à navegação no Mar Vermelho devido aos ataques de rebeldes Houthis do Iêmen.

De acordo com o CII, 27 países experimentaram aumento significativo no risco de conflito desde 2021. Na América Latina, Equador e Colômbia estão entre os afetados, enquanto na Ásia, Índia, Indonésia e Tailândia também registraram crescimento nas tensões.

O impacto humanitário é alarmante. Angela Rosales, CEO da SOS Children’s Villages International, alerta que 470 milhões de crianças estão sendo afetadas por conflitos.

— Crianças em áreas afetadas por conflitos correm o risco de perder o cuidado familiar se suas casas forem destruídas, pais forem mortos ou se forem separadas ao fugir da violência. Elas são especialmente vulneráveis à exploração, escravidão, tráfico e abuso — afirmou Angela, ao Guardian.

Os dados mostram ainda que as mortes em conflitos aumentaram 29% no período analisado. Eventos violentos também cresceram 27% desde o início da guerra na Ucrânia, segundo Clionadh Raleigh, presidente do Acled (Armed Conflict Location and Event Data).

— O número de novos conflitos está aumentando, enquanto poucos estão terminando ou se tornando menos intensos. Em lugares como Mianmar, onde há diversas rebeliões armadas, é muito difícil alcançar um acordo de paz abrangente — explicou Raleigh.

O Globo

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