Quando o aluno tem à disposição uma estrutura que torna as atividades escolares mais atrativas e estimulantes, onde vivencie experiências práticas e atividades extracurriculares, a aprendizagem acontece de forma mais eficiente, possibilitando um melhor desempenho em provas, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Este é um aspecto que a Diretora Pedagógica do CEI Roberto Freire, Flávia Lanúbia Nóbrega, aponta, quando se trata de enriquecer as oportunidades do aprender.
Desde 2011, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já divulga pesquisas que apontam que uma infraestrutura escolar de qualidade contribui significativamente para a melhoria da aprendizagem. Os dados mostraram que estudantes de escolas melhor estruturadas obtiveram melhores pontuações em relação aos alunos de escolas com condições mais precárias. “O ambiente escolar possibilita melhora da aprendizagem. Eles têm possibilidade de se desenvolver em todas as áreas de conhecimento, seja nas linguagens, raciocínio lógico, matemático. Trabalhamos com um conceito de escola acolhedora, com possibilidade de desenvolvimentos cognitivo, interpessoal”, destaca a diretora do CEI Roberto Freire.
Ela tem conhecimento de causa, uma vez que a escola foi construída há quatro anos com essa concepção, dispondo de áreas verdes e abertas, quadra de esportes, biblioteca, laboratórios, recursos tecnológicos, que proporcionam maior interação e experiências práticas. “Nossa escola tem uma filosofia, que é o educar para o pensar crítico. E quando a gente acredita em uma proposta pedagógica, também precisa pensar nesse ambiente”, pontua.
Todos os espaços propõem a socialização, por isso, alunos ajudam alunos a aprenderem, inclusive, com salas extras para que as aulas não acabem quando o professor sai. “As salas de estudo dão muita vontade de continuar estudando. Acho que influencia muito o espaço direcionado só pra estudar, pra gente aplicar o conteúdo”, comenta a estudante Têmis Nunes, de 15 anos.
A intenção de interagir fica evidente nas paredes de vidro das salas, que promovem a aproximação visual. Além disso, ver na prática o que o professor ensina, estimula o aluno a querer estar ali buscando conhecimento e facilita a autoconfiança na hora de ser testado numa prova como a do Enem. “Os nossos laboratórios possibilitam muito isso. Eles trazem sentido para a teoria, porque os alunos vão ver sentido naquilo que eles ouviram e que foi compartilhado em sala de aula”, diz Flávia Nóbrega.
Os estudantes constatam os resultados. Daniel Mourinho, de 15 anos, diz que quando a escola oferece programas diferentes, amplia sua visão de mundo. “Você saber, desde cedo, por exemplo, sobre medicina, área de humanas, conceitos de advocacia, tentando aplicar dentro de sala de aula, te faz ficar por dentro de tudo”, avalia. A colega de sala dele, Raíssa, de 15 anos, destaca outro ponto importante, o acolhimento. “Não só pelos professores, mas pela coordenação em geral. Toda vez que chego aqui, todos me cumprimentam com um sorriso no rosto, abraçam e isso às vezes faz o dia de uma pessoa”, explica a estudante.
Tribuna do Norte