A greve de advertência de 24 horas realizada hoje pelos funcionários da Petrobras vem mobilizando diversas áreas da estatal. De acordo com boletim da Federação Única dos Petroleiros (FUP), há manifestações na sede da companhia, no Centro do Rio, e algumas plataformas não estão emitindo Permissão para Trabalho (PT), documento necessário para a realização de qualquer tarefa administrativa nas áreas operacionais. Mas não houve redução de produção.
Segundo a FUP, a greve tem como objetivo reivindicar que os valores da remuneração variável (que é o pagamento adicional ao salário base e varia de acordo com o desempenho do funcionário ou da empresa) não sejam reduzidos e evitar que a estatal amplie a exigência de trabalho presencial. Mas a adesão foi parcial, há relatos de gerências que não tiveram suas atividades afetadas.
“A expectativa foi atendida, e a categoria atendeu ao chamado de paralisação”, disse a FUP em nota. A Federação lembrou que a greve não tem como objetivo paralisar a produção, mas sim servir como um “alerta para a alta gestão da empresa, no sentido de valorizar a mesa de negociação com os sindicatos, evitando a implementação de medidas unilaterais que prejudiquem os trabalhadores”.
Em janeiro, a Petrobras anunciou a redução do home office de três para dois dias por semana a partir de abril, o que inclui funcionários concursados e cargos de confiança.
Em nota, a Petrobras disse que respeita o direito de manifestação dos empregados. “A Petrobras tem mantido diálogo aberto com as entidades sindicais sobre os ajustes ao modelo híbrido de trabalho, que aumentará de dois para três dias na semana o período de trabalho presencial”.
A partir de 7 de abril de 2025, todos os empregados devem cumprir três dias de trabalho presencial na semana. Além disso, a companhia apresentou proposta às entidades sindicais de acordo específico de trabalho para pactuar esse ajuste pelo período de dois anos.