O Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh) está recrutando voluntários para um estudo que investiga um novo medicamento que poderá auxiliar no tratamento da depressão. O estudo também avaliará a eficácia e a segurança desse medicamento como complemento aos antidepressivos em adultos e idosos com Transtorno Depressivo Maior.
O psiquiatra Emerson Arcoverde Nunes é um dos responsáveis pelo estudo, e o anestesista Wallace Andrino da Silva coordena a pesquisa. “O objetivo é testar uma nova medicação para o tratamento de depressão com sintomas de insônia”, argumentou Emerson.
Segundo ele, a previsão é realizar o estudo pelo período de dois anos, sendo que possuem 12 meses para recrutar os pacientes. Para participar, é necessário atender a alguns critérios, entre eles: ter idade entre 18 e 74 anos; ter sido diagnosticado(a) com depressão moderada a greve; já ter utilizado antidepressivo, mas com resposta inadequada; sabe ler e escrever. Outros critérios de elegibilidade serão avaliados pelo pesquisador ou pelo centro de pesquisa.
Os principais critérios de exclusão são: histórico recente (últimos 3 meses) ou sinais atuais de doenças graves, como problemas cardíacos, respiratórios, gastrointestinais, neurológicos, entre outros; Diabetes tipo 1 ou tipo 2 não controlado; problemas na tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo não tratados); doenças que afetam os hormônios do estresse, como doença de Cushing e doença de Addison.
Segundo Emerson, os participantes receberão inicialmente o medicamento em estudo por até 16 semanas. Após esse período, poderão receber o próprio medicamento em estudo ou um placebo (substância sem efeito ativo) durante o restante da pesquisa.
“O paciente será acompanhado regularmente com o acréscimo do medicamento novo ao seu esquema atual de tratamento, já que essa medicação será utilizada em associação com a medicação antidepressivo já em uso”, explicou Emerson.
Os voluntários qualificados terão acesso ao acompanhamento médico necessário para a pesquisa e ao medicamento em estudo sem nenhum custo. No entanto, a pesquisa não cobrirá outros cuidados médicos ou medicamentos atualmente utilizados na rotina diária de saúde. “Queremos oportunizar a melhora da depressão e da insônia”, conclui.
Fonte: Agora RN