O projeto Multipulm, desenvolvido pelo Laboratório de Assistência à Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi aprovado pela União Europeia. O projeto envolve mais de 14 instituições internacionais, incluindo a Universidade de Coimbra (Portugal) e universidades da Grécia, Sérvia e Turquia, e tem como objetivo desenvolver tecnologias para o monitoramento de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), uma doença com grande prevalência no Brasil.

Segundo o professor Ricardo Valentim, diretor executivo do LAIS, o projeto busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes, ao testar dispositivos que ajudem a prevenir crises respiratórias e exacerbações da DPOC. No Brasil, mais de 6 milhões de pessoas convivem com a doença, e 40 mil morrem anualmente em decorrência dela. O uso de tecnologias avançadas, como inteligência artificial e microeletrônica, será fundamental para o sucesso do projeto.

A iniciativa foi reconhecida pela União Europeia devido ao trabalho do LAIS na cooperação internacional e inovação tecnológica em saúde. “O LAIS é um dos principais players de cooperação internacional na área de saúde e no contexto da saúde global”, afirmou Valentim em entrevista ao RN no ar.

O projeto Multipulm está em fase de desenvolvimento, e a previsão é de que as atividades no Brasil comecem ainda em 2025. O laboratório está atualmente finalizando as etapas burocráticas necessárias para o início do trabalho conjunto entre as universidades e os pesquisadores internacionais. O professor Valentim destacou a importância da colaboração com outras nações para testar o projeto em diferentes realidades socioeconômicas.

“A ideia é que a gente comece ainda esse ano, acho que até o meio do ano a gente já começa a desenvolver as atividades aqui no Brasil”, afirmou o professor, ressaltando o impacto positivo da cooperação com países como Grécia, Turquia, Sérvia e Portugal.

Fonte: Agora RN