As melhores rádios: FM 102.7 FM 95.9 FM 90.9 AM 1470

Sistema Rural de Comunicação

Rádios
do Grupo

Tarifaço de Trump afeta mercados financeiros globais

Os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afetam os
mercados financeiros globais nesta segunda-feira (6) depois que ele alertou os
governos estrangeiros que teriam que pagar “muito dinheiro” para suspender as taxas
que ele chamou de “remédio”.

Os mercados acionários asiáticos afundaram, as ações europeias caíram para o nível
mais baixo em 16 meses e os preços do petróleo despencavam, uma vez que
investidores temem que as tarifas anunciadas por Trump na semana passada possam
levar a preços mais altos, demanda mais fraca e, possivelmente, a uma recessão global.
Depois que as ações na China continental e em Hong Kong despencaram nesta
segunda-feira, o fundo soberano da China entrou em cena para tentar estabilizar o
mercado.

Ministros da União Europeia, que estão divididos sobre como reagir contra Trump
sem arriscar mais dor para suas próprias empresas e consumidores, estão se reunindo
nesta segunda-feira para tentar formar uma frente unida.

O Goldman Sachs aumentou as chances de uma recessão nos EUA para 45% nos
próximos 12 meses, juntando-se a outros bancos de investimento na revisão de suas
previsões. Os economistas do JPMorgan agora estimam que as tarifas empurrarão a
economia dos EUA para uma contração de 0,3%, contra estimativa anterior de
crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços
produzidos).

A repórteres a bordo do Air Force One no domingo (5), Trump indicou que não está
preocupado com as perdas que eliminaram trilhões de dólares em valor dos
mercados acionários mundiais.

“Não quero que nada caia. Mas, às vezes, é preciso tomar remédio para consertar
alguma coisa”, disse ao retornar de um fim de semana de golfe na Flórida.

Trump disse que conversou com líderes da Europa e da Ásia no fim de semana, que
esperavam convencê-lo a reduzir as tarifas em até 50%. Elas entram em vigor nesta
semana.

O anúncio de suas tarifas foi recebido com uma condenação perplexa de outros
líderes e desencadeou taxas de retaliação da China, a segunda maior economia do
mundo.

As ações em Taiwan despencaram quase 10% – a maior queda percentual em um dia
já registrada – e os futuros de ações dos EUA apontavam para outro dia brutal para os
mercados no país.

As ações europeias do setor de defesa, que anteriormente apresentavam bom
desempenho graças às expectativas de um boom de gastos por parte dos países,
estavam a caminho de seu maior declínio diário desde abril de 2020.

“Eles querem conversar, mas não há conversa a menos que nos
paguem muito dinheiro anualmente”, disse Trump.

O gestor de fundos bilionário Bill Ackman, que apoiou a candidatura de Trump à
Presidência, pediu que as tarifas sejam suspensas para evitar um “inverno nuclear
econômico”.

Os investidores e líderes políticos têm se esforçado para entender se as tarifas de
Trump fazem parte de um novo regime permanente ou se são uma tática de
negociação para obter concessões de outros países.

“A imposição de tarifas pelos Estados Unidos sobre produtos e serviços europeus é um
ataque ao livre comércio que garantiu a prosperidade em todo o mundo”, disse o
ministro dinamarquês das Relações Exteriores e do Comércio, Lars Lokke Rasmussen,
antes da reunião da UE.

Em programas de entrevistas de domingo, os principais assessores econômicos de
Trump procuraram retratar as tarifas como um reposicionamento inteligente dos EUA
na ordem comercial global.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que mais de 50 países iniciaram
negociações com os EUA desde o anúncio da quarta-feira (2). O secretário de
Comércio, Howard Lutnick, afirmou que as tarifas permanecerão em vigor “por dias
e semanas”.

O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, um dos aliados mais próximos de
Washington na Ásia, também está tentando chegar a um acordo com Trump, mas
disse ao Parlamento nesta segunda-feira que isso pode levar tempo.

Os investidores, no entanto, não estão esperando.

O índice acionário japonês Nikkei despencou para uma mínima de um ano e meio
nesta segunda-feira, liderado pelos bancos do país, que perderam quase um quarto
de seu valor de mercado em três dias de negociação.

Até mesmo o ouro, normalmente um refúgio seguro em meio ao estresse do
mercado, foi afetado, já que os investidores se desfizeram dele para cobrir perdas em
outros lugares.

“O presidente está perdendo a confiança dos líderes
empresariais em todo o mundo”, acrescentou.

“Do lado europeu, não podemos simplesmente nos acomodar”,
disse.

Os investidores agora estão apostando que o risco crescente de recessão poderá fazer
com que o Federal Reserve corte os juros dos EUA já no próximo mês. Até o momento,
o chair do Fed, Jerome Powell, indicou que não tem pressa em agir.

Alguns governos já sinalizaram disposição de discutir com os EUA para evitar as
tarifas.

No domingo, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, ofereceu tarifas zero como base
para as negociações, comprometendo-se a remover as barreiras comerciais e dizendo
que as empresas taiwanesas aumentarão seus investimentos nos EUA.

Um funcionário do governo indiano disse que o país não planeja retaliar contra uma
tarifa de 26% e que estão em andamento conversações com os EUA sobre um
possível acordo.

O líder vietnamita To Lam concordou, em uma ligação telefônica com Trump na sextafeira, em discutir um acordo. Trump chamou essa discussão de “muito produtiva”.

 

 

Fonte: Agência Brasil
Acompanhe as notícias do dia! Entre na comunidade da rádio Rural 102 FM no WhatsApp e mantenha-se sempre informado. -> (Clique Aqui)

Compartilhe nas rede sociais

Mais notícias

Caminhos da Reportagem debate uso excessivo de telas

OMS: 300 mil mulheres morrem anualmente em razão de gravidez ou parto

STF: para maioria, teto de gasto não se aplica à receita do Judiciário

Fies: instituições de ensino têm até hoje para confirmar participação

Campanha de vacinação contra a gripe começa nesta segunda

Olá, como podemos te ajudar?