Os funcionários terceirizados que prestam serviços à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte estão em greve devido a uma série de atrasos nos pagamentos. De acordo com José Joaquim, coordenador do SindSaúde Seridó, as pendências incluem salários atrasados, três vales-alimentação não pagos, férias e contribuições do FGTS e INSS. Joaquim denuncia ainda que as empresas terceirizadas e o governo estadual não têm se responsabilizado pela situação, o que tem levado os trabalhadores a viverem em condições precárias, sem recursos para pagar contas básicas como aluguel e serviços essenciais.

Francisco Carlos, servente hospitalar e integrante da greve, relata o sofrimento dos colegas, muitos dos quais já estão passando necessidades. Ele menciona que a situação está afetando a saúde mental dos trabalhadores, com aumento de estresse e cobrança excessiva. Apesar da grave situação, muitos ainda continuam trabalhando, mas com condições insustentáveis.

Joaquim acrescenta que o governo do estado tem dado promessas de pagamento, mas não tem cumprido. Ele enfatiza que as empresas terceirizadas, como JMT e Interfort, continuam a atrasar os pagamentos, mesmo após alegarem dificuldades no repasse dos valores pela CESAP, responsável pelos contratos. A greve, que afeta diversos setores da saúde, segue sendo uma resposta à falta de compromisso com os direitos trabalhistas, e a situação pode se agravar se o governo e as empresas não tomarem providências urgentes.

A crise atinge a saúde pública, com serviços sendo mantidos de maneira precária. Joaquim ressalta que o governo deveria resolver a situação e garantir que as condições de trabalho sejam respeitadas. Além disso, uma audiência com o Ministério Público está marcada para discutir o caso e buscar soluções para os trabalhadores.

Marcos Dantas