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Após denúncias de assédio, Ouvidoria da UFRN explica que segurança é patrimonial e atua em apoio à polícia

Na semana passada, uma série de denúncias envolvendo casos de assédio e tentativa de sequestro dentro do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte provocaram insegurança para estudantes. Em contato com a TRIBUNA DO NORTE, a ouvidora da UFRN, Maria das Vitórias Almeida, explicou que a segurança da instituição é voltada à proteção patrimonial, mas também atua em situações que envolvem a comunidade acadêmica.

De acordo com a ouvidora, a empresa responsável por esse trabalho na UFRN tem um trabalho de segurança patrimonial, mas não significa que eles não protegem o cidadão. “No caso de precisar de uma intervenção, eles chamam a polícia”, informou.

Segundo a assessoria de imprensa da UFRN, a empresa auxilia na segurança, pois “dá uma sensação de segurança”, mas a polícia tem a função de intervir.

Além disso, citou que ainda que a UFRN preste apoio, os casos são de responsabilidade da Polícia Civil. “Como isso é um caso de crime, a polícia precisa agir e a UFRN presta total apoio colocando profissionais, acentuando a rota com seguranças fardados”, explicou.

A Polícia Civil disse que as investigações sobre os casos de assédio já foram iniciadas pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).

Assédio no circular
Cerca de 20 vítimas relataram casos de importunação sexual ocorrida no ônibus circular que percorre o campus universitário. Segundo a ouvidora, em todos os casos os manifestantes informaram já ter registrado Boletim de Ocorrência.

De acordo com os depoimentos recebidos, as vítimas relataram características físicas semelhantes com o suspeito e descreveram ações recorrentes. Algumas das ocorrências teriam acontecido fora do campus, em ônibus de linha.

“Do ponto de vista formal, a ouvidoria atende o que está sendo perguntado e também orienta que as mulheres sigam para o Espaço Acolher e entrem com uma ocorrência na delegacia”, explicou a ouvidora.

Segundo ela, a maioria dos relatos buscava esclarecimentos sobre as providências adotadas pela universidade. A resposta oficial foi que “a UFRN está prestando todo o apoio à polícia”.

Sequestros e assalto
Outros dois casos de sequestro causaram revolta entre os estudantes. Na quarta-feira (9), uma estudante foi vítima de sequestro enquanto se dirigia ao local onde estava o veículo quando foi abordada por um homem armado, que a obrigou a entrar no carro. “Durante o sequestro, ele me fez ameaças explícitas afirmando que caso a polícia fosse acionada, ele voltaria para me encontrar na própria universidade”, narrou.

A estudante teve seus pertences roubados e foi solta em uma área de matagal. Ela registrou Boletim de Ocorrência, mas a Polícia Civil ainda não se posicionou sobre o caso.

Outra estudante sofreu uma tentativa de sequestro enquanto atravessava a pista que dá acesso à rua do Batalhão de Engenharia do Exército em direção ao Restaurante Universitário (RU). A estudante conta que um homem tentou abordá-la e a chamou insistentemente, apontando para seu carro e sinalizando para que ela entrasse. Ela conseguiu correr e se abrigar dentro de um ônibus circular. O agressor ainda tentou seguir o ônibus, entrando na área das paradas do RU, mas desistiu ao perceber que havia outras pessoas por perto.

De acordo com estudantes, um suspeito, com as mesmas características da tentativa de sequestro, estava tirando fotos e filmando mulheres próximo ao setor IV. “Essa descrição bate com a do homem que estava me filmando”, comentou uma das vítimas.

Esses casos têm mexido com a comunidade acadêmica. Diversos cartazes de movimentos estudantis estão espalhados na Universidade com dizeres como “queremos estudar sem medo”. Nesta quarta-feira (16), estudantes se reuniram em frente à parada da Reitoria para pedir uma resposta concreta da UFRN, além de aumento na segurança e melhora na iluminação do campus.

Denúncias na ouvidoria
Mesmo depois de registrar o Boletim de Ocorrência, a ouvidora da UFRN afirma ser importante que a universidade fique ciente do crime. “A gente só pode tomar providências a partir de um registro, se a gente não tem denúncia é como se o caso não tivesse acontecido”, orientou.

As manifestações são feitas por meio da plataforma Fala BR, ou email contato@ouvidoria.ufrn.br . Em caso de emergência, a população deve comunicar à Diretoria de Segurança Patrimonial (DSP) por meio dos telefones 08000 84 20 50 ou (84) 99193-6471, que funcionam 24 horas.

 

Fonte: Tribuna do Norte

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