Na manhã desta quarta-feira 4, a Polícia Federal cumpriu 19 mandados de busca e apreensão no Ceará e no Rio Grande do Norte contra suspeitos de lavarem dinheiro do crime para uma das maiores organizações criminosas, originada na Itália.
A Operação Calábria investiga o caso com base em informações enviadas pela Guardia di Finanza, órgão especial de polícia da Itália. O relato apontou movimentações financeiras suspeitas entre a Itália e o Brasil, envolvendo italianos supostamente ligados a uma das maiores organizações criminosas do mundo, originada no país europeu.
De acordo com as investigações, as empresas de fachada por contadores e advogados estavam registradas em endereços falsos ou compartilhados e eram utilizadas para transferir recursos ilícitos provenientes da Europa, com o objetivo de lavar dinheiro no Brasil. O principal foco da operação foi o estado do Ceará – nos municípios de Fortaleza, Eusébio e Aquiraz – onde, além de realizar a lavagem de dinheiro, os criminosos também buscavam facilitar a obtenção de vistos de investidor e cidadania brasileira para estrangeiros envolvidos no esquema.
A operação resultou na execução de mandados de busca e apreensão, bem como na suspensão das atividades das empresas envolvidas. Também foram revogados os vistos de investidor de cidadãos estrangeiros investigados. Os crimes investigados incluem lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, crimes financeiros e crimes contra a ordem tributária, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão.
PF faz operação no RN contra rede de lavagem de dinheiro de máfia italiana em agosto
A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal e apoio internacional do Ministério Público e da Guardia di Finanza de Palermo, Itália, realizou nesta terça-feira 13 uma operação para combater uma rede de lavagem de dinheiro articulada pela máfia italiana no Rio Grande do Norte.
As investigações, que começaram em 2022, têm como alvo uma organização criminosa que teria utilizado empresas fantasmas e laranjas para facilitar a movimentação e a ocultação de fundos ilícitos, provenientes de atividades criminosas internacionais.
De acordo com a PF, as evidências coletadas até o momento indicam que a máfia italiana atua no RN há quase uma década. Estima-se que o esquema tenha investido pelo menos menos que R$ 300 milhões (cerca de 55 milhões de euros), utilizando esses recursos para adquirir propriedades e infiltrar-se no mercado imobiliário e financeiro daqui.
Segundo as autoridades italianas, entretanto, o valor total dos ativos investidos pode superar 500 milhões de euros, em valores atuais, mais de R$ 3 bilhões.
Fonte: Agora RN